Fazenda em Goiás com sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta integra energia solar

FONTE SOLAR

Fazenda em Goiás com sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta integra energia solar

A história do advogado por formação e fazendeiro por paixão, Mauro Henrique Costa Vasconcelos, se mistura com a de seus antepassados. Em 1970 escolheram desbravar o Estado que hoje assume a sétima colocação em potência fotovoltaica instalada. “Antigamente as terras no cerrado eram vistas como ruins para o cultivo. Meu pai, com essa visão, se desfez de 200 dos 300 alqueires em troca de 25 vacas na época. Se fosse hoje, a Fazenda Maria Luiza, em homenagem a minha mãe, ultrapassaria os 60 milhões.”

Funcionária de um banco privado, perdeu o marido quando Mauro tinha 8 anos e foi grande responsável pelo incentivo aos estudos. A transferência de trabalho para Goiânia, nos anos 1990, e o crescimento do Estado como referência produtiva, foi oportunidade para o arrendamento das terras da família, localizadas há quatro quilômetros do centro da cidade. Com pouco mais de 27 mil habitantes, Vasconcelos não imaginava na época que Ipameri se tornaria refúgio permanente da rotina moderna.

Os anos passaram. Depois de duas décadas de arrendamento e o contrato para vencer, o advogado decidiu empreender no campo. Para a empreitada, contou com o apoio do agrônomo Roberto José de Freitas, um dos consultores responsáveis pelo case de sucesso na implantação do sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) da Fazenda Santa Brígida, também localizada em Ipameri.

De início, conta Vasconcelos, “percebemos a necessidade de manejo para restabelecer os microrganismos que foram se perdendo ao longo dos anos.” Foi hora de pôr a mão na massa, ou melhor, na terra. O planejamento das safras, o uso de fertilizantes e a escolha das culturas, ficou com a expertise de Freitas, enquanto o advogado assumiu a gestão do negócio, contando com o apoio do gerente da fazenda e braço direito, Sebastiao Assis Junior.

Referência no sistema (ILPF), Roberto José de Freitas define como a prática para o melhoramento do solo através de práticas adequadas. A exemplo da fazenda Maria Luiza, onde a rotação ocorre da seguinte forma. As terras são divididas em cinco talhões e ocorre o rodízio de culturas, alternando as produções para beneficiar o solo e aumentar a produtividade. Também é feita análise do solo a cada dois anos. A estratégia tem gerado bons frutos. A fazenda é recordista brasileira na produção de girassol, atingindo 46,5 sacas por hectare. O plantio é terceirizado e o rodízio de culturas contempla sorgo, milho e soja.

São 350 hectares de lavoura na safra completa de verão e também na safrinha, plantada no verão e colhida no outono ou inverno. Além disso, a fazenda é utilizada para pecuária, onde Vasconcelos aplica o desenvolvimento sustentável.

A propriedade abrange ainda, uma reserva legal devidamente isolada e monitorada para garantir sua preservação. O fazendeiro também aguarda autorização, junto aos órgãos ambientais, para construção de uma barragem para irrigação.

Pensar no futuro é praticar no presente. “É preciso entender a floresta. A natureza é perfeita em seus sinais e segue seu fluxo, só precisamos usar os recursos de forma consciente,” avalia.

A ENERGIA COMO COMPLEMENTO

Os períodos recorrentes na fazenda exigiram a necessidade de maior infraestrutura e disponibilidade de energia elétrica. Foi preciso investir na instalação da rede, até então inexistente. O rancho, em formato de container, também sustentável por ser uma obra limpa, foi projeto da Mobily Soluções de Anápolis e para a solução de energia sustentável, a escolha foi a Fonte Solar.

Conforme explica a engenheira eletricista e fundadora, Natália Maesta,  o projeto, instalado em solo, foi dimensionado para capacidade total de 16,2KWp e conta com 30 módulos fotovoltaicos e 1 inversor de 12 kWp. O gasto com a conta de energia, em torno de R$ 1.800 foi convertido em investimento sustentável e viabilizado através de financiamento bancário. Se calculado em 12 meses, a economia ultrapassa os R$ 20.000.

Natalia acrescenta que a projeção foi de um consumo mensal de 1.800 mês, porém a alta eficiência do sistema devido a qualidade do serviço, equipamentos e insumos de instalação de primeira linha, fez com que o sistema chegasse a gerar 2.100kWh. A engenheira frisa que a empresa executa os melhores projetos para os melhores clientes.

A instalação priorizou detalhes do layout e estética preconizando a qualidade na instalação. “Não adianta ter bons equipamentos se não tiver boa instalação. Isso afeta totalmente a eficiência e durabilidade,” destaca Maestá. E acrescenta as vantagens quando o cliente tem consciência ambiental.

“Dr. Mauro é um exemplo de boas práticas. Tudo na fazenda é projetado em benefício da natureza. O sol era o complemento que faltava.”

E boas práticas não faltam. A piscina da sede, faz o ciclo completo da água que é captada na própria fazenda. Quando escoada, vai para um reservatório de 15 mil litros que retorna para a irrigação do jardim, controlada pelo telefone celular. “A terra é como um ser humano, se dosar em excesso adoece, se for na quantidade ideal, responde bem ao tratamento,” pontua Vasconcelos e brinca. “Digo que tenho duas versões, o Mauro advogado e o produtor rural. Quando estou na fazenda entro nesse mundo e aproveito da melhor forma o que a natureza tem a nos oferecer.”

SOBRE A FONTE SOLAR

Localizada no Lago Norte em Brasília/DF, a Fonte Solar conta com filial em Goiás/GO e  desenvolve desde os projetos de engenharia e incorporação, até a instalação de sistemas de energia solar para geração distribuída no Brasil. Com foco para sistemas híbridos e off-grid, foi criada pela Engenheira Eletricista, Natália Maestá em 2014.

Já são mais de 200 projetos no compromisso de soluções que permitem o fornecimento de energia de alta qualidade para locais remotos.

JORNALISTA

Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC